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Artistas levam pinturas e desenhos para os corredores do Festuris

Artistas da Associação Cultural Artes Visuais Gramado (ACAGV) apresentaram técnicas de desenho e pintura para o público de mais de 17 mil pessoas que veio a Gramado

Quem visitou o 37º Festuris e percorreu os corredores dos dois pavilhões do Serra Park encontrou momentos de descontração e espaços dedicados à arte. Artistas da Associação Cultural Artes Visuais Gramado (ACAGV) apresentaram técnicas de desenho e pintura para o público de mais de 17 mil pessoas que veio a Gramado. Além de expor seus quadros, os artistas conhecem pessoas de diferentes regiões do Brasil e de outros países, com grande abertura de networking e ligações para futuros projetos.

Uma das artistas que participou foi Neusa Santarossa, que explora a natureza, as flores e paisagens que a cidade proporciona. "Gosto muito do impressionismo. Eu moro há mais de 20 anos em Gramado, antes eu morava no Rio de Janeiro. E sempre gostei dos verdes, e Gramado me mostra esses diferentes tons, dos azuis. Cada mancha de sol sobre as árvores, quando temos sol, é uma pintura para mim. Eu sempre adorei pintar, mas nada me inspirou mais do que Gramado", revela.

"Estava sozinha em casa, sempre pintei sozinha, não gostava de me expor. Quando fiquei viúva, fiquei meio triste e me fechei, parei de trabalhar. Foi quando encontrei a Lurdes e ela disse para eu entrar na Associação. Isso foi há quase 10 anos. E aprendi muito, aqui, no meio de tudo isso", celebra.

"Pintar no meio disso tudo aqui é muito bom pra mim, essa é a segunda vez, vim no ano passado, e estou fazendo aqui a Rua dos Plátanos, e um cantinho em Canela que gosto de descansar. Eu tenho uma foto de referência, mas a imagem não me dá essas cores", diz Neusa.

O feedback é positivo. "Os paulistas estão empolgados, já querem comprar, perguntam o que é isso. Aí respondo sobre o Impressionismo, que é algo que já vem desde nosso olhar. Nossos olhos são como de Monèt. E adoro os trabalhos de Monet. E pintar não é começar e fazer, é como música, precisa aprender a tocar, depois juntar a nota, depois tem que juntar elas, é uma composição, vai descendo, vai subindo e fazendo o seu ritmo", coloca a artista.

Os trabalhos dela levam, em média, seis meses para ficarem prontos, conforme a quantidade de camadas de tinta e as sobreposições que vão sendo feitas. "Eu quero sentir peso na obra. Tem obra que tem mais de meio quilo. Para mim, a obra fica pronta quando diz: chega!", brinca.

Texto e fotos: Festuris/Divulgação | fernando@rossiezorzanello.com.br

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