Turismo e saúde aliados ao pioneirismo

Segundo a Abratus, 10% dos 14 milhões de viajantes que procuraram por cuidados médicos a cada ano escolhem o Brasil como destino

Do hábito de viajar, como atividade sabática, aos mais atuais cenários e possibilidades de usar o turismo como plataforma, surgem ramificações para muitas atividades possíveis. Entre elas, o turismo de saúde, ou médico, ganha evidência em publicações de tempos em tempos. O segmento é, de certa forma, tradicional e procurado por viajantes do mundo todo, com a peculiaridade de alguns locais que oferecerem serviços específicos.


Além de todos os atrativos e diferenciais que possui como destino turístico, Gramado também é referência no segmento médico. Há pacientes que buscam especialidades médicas na Serra Gaúcha e, sendo assim, se hospedam em hotéis, usufruem dos atrativos turísticos e da gastronomia da região. “Esse é um turismo eletivo, ou seja, as pessoas se programam para realizar determinado procedimento e, paralelo a isso, para curtirem o destino”, aponta o médico Oftalmologista e membro da Sociedade Brasileira de Retina e Vitreo, Rodrigo Pazetto.


Há 46 anos no mercado, a Gramado Clínica de Olhos (GCO) sob o comando de Nilton e Rodrigo Pazetto (pai e filho) recebe mensalmente pacientes do Estado e, principalmente, das regiões Paranhana e Hortênsias para implante de Lentes Intraoculares e cirurgia de Catarata. A clínica é pioneira e referência na especialidade há, pelo menos, 8 anos.

Com a alta demanda e associado ao conforto e segurança do paciente, em 2018 a GCO implantou um bloco cirúrgico de porte menor para a realização desses procedimentos que são minimamente invasivos e realizados em torno de 10 minutos. “Alguns pacientes ainda brincam que gostariam de terminar cedo seu procedimento para que possam aproveitar o café da manhã do hotel”, conta Pazetto.

De acordo com um material divulgado pelo Uol no início de 2020, o turismo de saúde deve movimentar mais de R$ 15 bilhões na economia do país pelos próximos cinco anos. Com isso, a expectativa é que o setor cresça 35% neste período. A projeção é da Associação Brasileira de Turismo de Saúde (Abratus).

Segundo a Abratus, 10% dos 14 milhões de viajantes que procuraram por cuidados médicos a cada ano escolhem o Brasil como destino. O Pazetto completa, ainda, que se cada vez mais destinos se comprometerem com suas estruturas de receptivo e permanência nas cidades, haverá muitos outros locais que possam se favorecer com o turismo de saúde, tornando assim, referência.