Traveltechs não são mais uma promessa. São um fato

Traveltechs não são mais uma promessa. São um fato.


O segundo trimestre de 2021 terminou com uma avalanche de investimentos no mercado de turismo. O que para muitos era um sonho (ou ameaça) distante, agora tornou-se realidade forte e factível. As traveltechs tomaram o mercado brasileiro de viagens e turismo. 

Há 4 anos, eu me lembro de falar com algumas pessoas que queriam investir no turismo, mas as barreiras de entrada apresentadas eram tão grandes, que qualquer modelo de negócio baseado em tecnologia sucumbia no curto prazo ou acabava por se moldar à forma como a grande maioria do mercado sempre fez, trocando processos eficientes pelo crescimento de capital humano. 

Em meados de 2017, este cenário começou a mudar. De um lado, poucos provedores de conteúdo investiram muito na construção de conectores por meio de APIs que eram maduras e seguras. De outro lado, a experiência que entra entregue para os clientes de viagens e turismo no mercado internacional começou a se distanciar muito rápido daquela que nós entregamos no Brasil.

O que é traveltech?

Para mim e já tem sido uma tendência entre os principais profissionais de tecnologia, mas do que usar a tecnologia em seus negócios, o que diferencia uma traveltech de uma empresa tradicional é:

E quem são essas empresas hoje em dia?

Apesar de passarem por diversos mercados, as traveltechs são, em sua maioria, de empresários que resolveram empreender no turismo e viram na ineficiência de nossos processos a oportunidade para criarem negócios com uma nova cultura.

No Lazer, Instaviagem, 123Milhas, MaxMilhas (ledo engano de quem acha que as empresas só vendem com milhas), ElQuarto, P2D, Planeje Sua Viagem, Hoteis.Express e muitas outras nascem diariamente. No corporativo, OnFly, Paytrack, Portão3, Smartrips e Voll vêm revolucionando a experiência das empresas não só em viagens como na gestão de despesas e no link entre traveltech e fintech.

Estas traveltechs já incomodam porque buscam no cliente as soluções para uma compra mais segura, mais completa e com opções antes distantes dos clientes finais. Tanto é verdade que os investimentos que receberam durante a pandemia superam e muito o que se investiu em empresas tradicionais de turismo na última década.

A questão aqui é que chegou a hora de migrar para tornar-se mais uma empresa com essa cultura ou sucumbir a agilidade e eficiência delas. Tudo é uma questão de escolhas.


Danilo Gonçalves

CEO da TBI – Consultoria especializada por transformar negócios do turismo e trazê-los para uma nova realidade de tecnologia e escalabilidade.

COO da Iterpec – Broker de hotelaria, transfer e tours com APIs disponíveis em 9 em cada 10 traveltechs brasileiras.

Formado em Turismo pela PUC -Campinas com MBA em Economia do Turismo pela FIPE - USP.